Nunca fui muito fã de tomates. Sempre os considerei ácidos, duros e sem gosto. Sua casca me incomodava e precisava de muito açúcar e manjericão para me fazer desfrutar de um molho ao sugo. Isso lá nos idos de… Deixa prá lá! Quando eu era criança!
Mas faz alguns anos isso mudou. Desde que fui morar em Londres descobri os melhores tomates da minha vida! Já os havia comido em viagens a Itália e ao Sul da França, mas quando se está de passagem por um lugar, nada nos resta senão a lembrança… Mas em “mi Londres querida” (!) faziam parte do meu dia-a-dia. Eram de todos os tipos, cores, aromas e sabores. Doces que eu os comia como fruta, de sobremesa. Well… Ok, ok, tomate É uma fruta, mas não é tratado assim, verdade? Outros bem mais maduros viravam uma passata rapidamente frita com alho e azeite de oliva para compor uma bruschetta e um almoço leve e saudável… Adorava comprá-los ainda nas ramas. Quando chegava em casa e os colocava na fruteira (sim, na fruteira; nada de geladeira para meus tomates!) em poucos minutos toda a cozinha estava empregnada com seu aroma. Os verdes, verdes mesmo, não imaturos! iam para a frigideira junto com as deliciosas salsichas de um café da manhã tipicamente inglês! Que saudades…
Aqui, de diferente, eu só conhecia mesmo o tomatillo verde, mexicano, ácido e usado para as salsas mexicanas. Não se come cru. E não é que a busca se acabou! Esta semana buscando por ingredientes “exócticos” no Mercado San Juan encontrei uma barraca de tomates maravilhosos! Na verdade, senti o cheiro de tomate maduro e fui pelo meu olfato! Ah… Ali estavam. Como eu sempre os imaginei… De várias formas, tamanhos e cores. Logo pensei em milhões de receitas. Conversando com o proprietário da barraca fui informada que são produzidos aqui no México, em uma estufa da empresa canadense SUNSET(r), desde “sempre”! Talvez eu é que não tenha sabido buscar.
A empresa ainda é eco-friendly e trabalha num projeto chamado Green Grass Project, que visa reduzir, reaproveitar, reciclar. São três fases onde o processo de cultivo, embalagem e distribuição são totalmente voltados para o reaproveitamento de solo, fertilizantes de casca de côco, água reciclada e tratada, diminuição de consumo de energia elétrica e por ai vai! Muito bacana o que também tornou meus tomates muitos mais saborosos!!
No final acabei levando um montão pra casa! A variedade Campari(r) que são de sementes européias com doçura e acidez super equilibrados recheei de arroz selvagem, pesto e queijo feta.
Também comprei a variedade Gourmet Medley composta por Splendido(r), Amarelos, Campari(r), Kumato(r) e fiz uma deliciosa e fresquisima salada com grão de bico, cebola roxa e alface Lollo Rosso. Com os deliciosos super maduros Splendido fiz um confit de tomates (receita abaixo).
Ainda pesquisando no site da Sunset(R) descobri que existe um tomate ainda mais doce! Eles prometem ser o tomate mais doce que alguém já provou em sua vida! Mas este ainda não tem por aqui… Esperar…
CONFIT DE TOMATE